05/08/2011

Clóvis de Barros Filho no I Congresso de Jornalismo Cultural

25/07/2011

Érika Kokay defende a saúde pública do DF

Foto: Jossonhir Brito
A deficiência do atendimento e o sucateamento da rede pública de saúde é uma dura realidade que os pacientes do DF enfrentam. Érika Kokay, Deputada Federal pelo PT, presidiu em 2007, ocasião em que era Deputada Distrital, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Comissão que detectou e denunciou uma série de irregularidades nas unidades de saúde da Secretaria de Estado e Saúde do Distrito Federal.


KLEBER: Como Deputada Distrital, a senhora presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. Qual foi a realidade encontrada nos Hospitais do DF?

ÉRIKA KOKAY:  Nos hospitais do DF houve um abandono muito grande nos últimos 12 anos e uma entrega de bandeja da saúde pública para a iniciativa privada. O parque tecnológico foi todo destruído e a deficiência de pessoal era gritante. O governo Agnelo está revertendo isso, pois tem chamado muitos concursados. Mas tinha uma deficiência pessoal, um parque tecnológico ultrapassado, sem manutenção, ausência de medicamentos e toda sorte de  negócios suspeitos dentro da saúde. A saúde virou um negócio. E o povo não era considerado. 


KLEBER: Por que a investigação da Saúde do DF ficou sob a competência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, e não da Comissão de Educação e Saúde?
ÉRIKA KOKAY: Porque a Saúde é um direito básico da população. Ela é fundamental e está assegurada na nossa Constituição. A nossa condição humana já nos assegura o direito a saúde pois dela depende outros direitos. Se você não tem saúde, não pode exercer a plenitude dos direitos humanos.


KLEBER:  Falta de recursos, aumento de demanda de pacientes, terceirização, problema de gestão, afinal por que a saúde pública no DF não funciona como deveria?
ÉRIKA KOKAY:  O que se viu nos últimos 12 anos, foi uma destruição da saúde de forma muito intensa.  Brasília com o maior orçamento per capita  de saúde do Brasil é o último lugar em cobertura de saúde da família. Tivemos na distribuição da atenção primária, que deveria ser atendida pelos centros de saúde, uma lógica muito hospitalocêntrica, asfixiando os hospitais. Ou seja, a demanda que seria da atenção primária foi absorvida pelos hospitais. Ela ficava reprimida dentro das unidades hospitalares. Então, foi um caos o que vimos nesses últimos 12 anos. Denunciamos isso, encarando como um direito humano e trabalhamos muito, porque no último período do governo Arruda, tivemos uma nítida intenção do governo privatizar e terceirizar colocando o SUS no DF em risco. Acho que não corre mais. Mas é preciso, que lembremos dessa experiência, para que possamos desconstruir todas as tentativas de terceirizar pontualmente a saúde do DF. Não vamos permitir a terceirização de diagnóstico por imagem, de laboratórios, de farmácias e das lavanderias que têm sido tão faladas. Elas são inadmissíveis. Já vivemos uma experiência de terceirização nefasta para a população do DF, a do Hospital de  Santa Maria. E hoje, com a retomada da gestão pelo Estado, vimos em todos os índices, que a experiência de Santa Maria não corresponde ao povo do Distrito Federal.


KLEBER: Quais  as consequências do sucateamento da saúde, como foi chamado, trouxe para os usuários da saúde?


ÉRIKA KOKAY:  O usuário da saúde está sentindo na pele. É um sofrimento muito grande. Eles vão às unidades hospitalares porque não têm atenção primária e muitas vezes, a demanda é de atenção primária. Há determinadas especialidades, que demoram em média, por levantamento do Ministério Público de Contas, mais de um ano  para que eles tenham direito a consulta. O Estado paga muito caro por UTI, porque falta leitos públicos, situaçao que está mudando hoje. Chegamos a pagar R$ 3 mil, por plano privado enquanto o plano de saúde pagava R$ 1.800, por um mesmo leito. Portanto, nisso tudo quem sofre é o usuário. A pessoa é o fim de qualquer política. Quando a gente pensa em qualquer política pública em qualquer atuação do estado em qualquer esfera seja no Ministério Público, seja no Judiciário, no Executivo ou no Legislativo a pessoa é o fim. A pessoa não é um objeto. Os objetos, os instrumentos são os meios de se atingir a pessoa, e assegurar a ela a sua vida plenamente humana. O usuário é o que mais sofre e que mais tem sofrido.


KLEBER: A senhora, nessas visitas realizadas nos hospitais, constatou que o sucateamento, também se abateu sobre os servidores da saúde. Como a senhora vê esse quadro?


ÉRIKA KOKAY: Foi um desprezo muito grande com os servidores. Acho que não se reconstrói a saúde, sem fazer um pacto democrático com os servidores. Culpar os servidores, como vimos no governo anterior, na época do Geraldo Maciel,  como se todos os problemas da saúde fossem culpa deles, quando não é. São profissionais altamente qualificados e  têm uma vida dedicada a saúde. Foram considerados como coisas e menosprezados, até porque havia uma lógica, de destruir a saúde, para justificar a terceirização. A mesma lógica que aconteceu na Companhia Siderúrgica Nacional(CSN), e nas elétricas privatizadas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, onde se destrói o serviço público deliberadamente, para justificar a privatização. Os servidores são os grandes privatizados. São heróis e heroínas porque com tudo isso, conseguiram manter o nível de atendimento, não o que seria necessário para a população, porque saúde não se faz só com atendimento. A diferença no peso do servidor na saúde em relação a educação por exemplo, é  que na educação é óbvio, que se você estiver bem equipado, bem instrumentalizado, você tem uma educação de melhor qualidade. Na saúde por sua vez,  por melhor que seja o profissional, se ele não tem medicamente, insumo e equipamentos para diagnósticos, ele fica com muita dificuldade de atuação. A relação entre profissional e aluno é muito mais determinante na educação que na saúde. Mesmo com tudo isso, os servidores da saúde fazem o inimaginável para atender a população.

KLEBER: Quais são os encaminhamentos dados nos trabalhos da Comissão de Direitos Humanos?
ÉRIKA KOKAY: Nós fizemos uma grande parceria. Fizemos uma rede em defesa da saúde, uma rede dos SUS aqui no DF, onde levamos essa discussão para o Conselho Nacional de Saúde, para o Ministro da Saúde, para o Tribunal de Contas da União, o Tribunal de Contas do DF e a Controladoria Geral da União(CGU). A terceirização do Hospital de Santa Maria por exemplo, foi criminosa,  levamos para o Ministério Público. Enfim, fizemos toda sorte de denúncias, com todos os órgãos de controle. Buscamos organizar e empoderar os servidores e os Conselhos, para que pudéssemos fazer frente a tudo isso.

KLEBER:  Como Deputada Federal a saúde continua sendo uma  prioridade?

ÉRIKA KOKAY:
Faço parte da Comissão de Direitos Humanos e sou suplente da Comissão de Seguridade Social na Câmara Federal, então a saúde continua sendo uma das prioridades fundamentais, porque ela é um direito básico e tem um orçamento extremamente vultoso. Temos uma relação de transferência de recursos da União para o DF, que é muito significativa. E isso faz com que exijamos uma saúde pública de qualidade.

Érika Kokay, ex-Deputada Distrital, presidiu a
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Deputada Federal, titular da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e,
suplente da Comissão de Direitos Humannos da Câmara Federal.

02/06/2011

Morrer em nome da verdade

Resenha do filme: A vida de David Gale

Lançado nos EUA, em 2003, o filme A vida de David Gale, embora um fracasso de público no cinema, mantem um público cativo. Ao abordar um tema controverso, o filme traz uma visão crítica da aplicação da pena de morte na sociedade americana. Outro foco interessante é o papel da mídia, de um lado uma ação investigativa que se contrapõe a uma imprensa sensacionalista.

Com o roteiro brilhante de Charles Randolph, autor de Munique (2005) e A intérprete (2010), e a direção de Alan Parker, com dois Óscar (EUA), por Expresso da meia noite (1978) e Mississippi em chamas (1988); três Globos de Ouro (EUA) por Expresso da meia noite (1978), Mississippi em chamas (1988) e Evita (1996); além de prêmios, só poderia tornar A vida de David Gale, mais um grande best seller.

A vida de David Gale, conta a história de David Gale, um advogado, professor e defensor da abolição da pena capital, que junto com sua amiga, Constance Harraway, tenta provar que a pena de morte, aplicada no EUA, mata inocentes. Acusado de estupro e pela morte de Constance, ele é preso e condenado à morte. Três dias antes de sua execução, David conta com a ajuda de uma jornalista, Elizabeth Bloom, para provar a sua inocência.

O filme é estrelado por Kevin Spacey (David Gale) e Laura Linney (Constance Harraway), ambos ativistas,  Kate Winslet (Elizabeth "Bitsy" Bloom), jornalista. Conta, ainda, com a participação de Gabriel Mann (Zack Stemmons), assistente de Elizabeth, Matt Craven (Dusty Wright), ativista e ex-condenado e de Leon Rippy (Braxton Belyeu), um advogado que parece não se importar muito com o caso.

A vida de David Gale é uma obra que não pode faltar na estante dos grandes amantes da sétima arte. Mesmo não sendo um blockbuster, o filme é envolvente e conta com uma boa dose de ação e suspense. Para os conhecedores do universo cinematográfico, uma obra de Charles Randolph, dirigida por Alan Parker, é uma ótima sugestão. Principalmente quando sugere a análise crítica sobre a polêmica da pena de morte. 

A elite é a maior consumidora de água por pessoa no Distrito Federal

Cerca de 24% da água captada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) não chegam às torneiras do consumidor. Dos quase nove mil litros por segundo coletados pela empresa, dois mil litros por segundo, são retirados dos rios, mas não chegam ao consumidor final. O DF têm um dos mais baixos índices de desperdício do Brasil — a média nacional é de 37,4% —, mas ainda é considerado alto se comparados a países da Europa, onde o desperdício das distribuidoras fica em até 15%. Mas os desperdícios não param por aí, estudos da Agência Regu-ladora de Água e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) apontam que esse índice chegam a 70% nos domicílios.

No Distrito Federal, cidades com predominância de moradores de maior poder aquisitivo, são as que mais consomem água por pessoa. Ceilândia, com 600 mil moradores, tem um consumo de 147 litros por pessoa; Taguatinga, com 258 mil habitantes, 280 litros; e o Lago Sul, com 40 mil, consome 692 litros por pessoa. Este por sua vez consome mais que Ceilândia, Taguatinga, Planaltina e Samambaia que totalizam 1,3 milhões de pessoas e têm um consumo de 657 litros por pessoa.

Matilde Piera Mazoeiro, moradora do Lago Norte, diz que tenta economizar no consumo de água e na conscientização a família em ações como a redução do tempo de banho, colocação de água em baldes para a lavagem dos carros embora a família e os secretários não a levem muito a sério. Matilde observa ainda, que sua preocupação mais recente é com a piscina, pois o motor está 'levando a água', o que aumenta o consumo. Já Aparecida Rosa de Assis Andrade, 40 anos, residente no Gama, diz consumir cerca de 10 metros cúbicos de água por mês. Acha o valor normal, e para economizar preocupa-se com várias iniciativas como os banhos rápidos, não deixar torneiras ligadas, enquanto ensaboa as louças, e evitam lavar a calçada com a mangueira.

Diretor da Coordenadoria de Fiscalização e Constrole de Perdas da Caesb, Alberto Alencar, explica que desvios e ligações clandestinas, 'gatos', furtos são causadores do enormes desperdícios de água, no entanto, que a falta de conscientização e o uso irracional da água são os grandes filões dos desperdícios de água no DF. Ainda segundo Alberto, a Caesb vem desenvolvendo ações para coibir as práticas ilegais por meio de denúncias, fiscalizações leituras e acompanhamentos periódicos bem como realizando campanhas de conscientização popular para conter essa prática. 

Mesmo localizado entre  regiões hidrográficas que abriga as cabeceiras de três importantes rios do país (Tocantins/Araguaia, Paraná e São Francisco), o DF corre o risco de sofrer com falta de água a longo prazo, justamente pela sua proximidade com as nascentes desses mananciais, que oferecem baixa disponibilidade hídrica.

Homem: ser orgânico digital

Foi-se o tempo em que recebíamos uma carta ou telegrama trazendo boas novas. Uma gravidez, um casamento ou a chegada inesperada de um parente próximo. Ficávamos absortos de alegria, emoção e sobretudo ansiosidade. Aliás, ansiosidade era a palavra chave que norteava os aclives e declives das emoções humanas. Será menino ou menina? Que roupa comprar para ir a festa? A noiva é bonita, feia, rica ou pobre? Eles chegarão de carro, ônibus e a que horas?  Essas eram algumas elucubrações, que nos deixavam ansiosos, para saber o quê, como e quando as coisas ocorreriam.

Agora, estamos no século XXI, e muita coisa mudou. Ultra-som antecipa em cinco meses o sexo do bebê. A Net, ha essa Net... Tornou tudo vapt e vupt. É MSN prá lá e prá cá. A mulher anuncia que está grávida e lá está a foto do feto em 3D no Orkut, Facebook. A familharada recebe, a cada minuto, a nova foto do casal em lua de mel, antes mesmo do casamento acontecer: 'estamos de quatro', com a lindeza da vista da Torre Eifel. Nas viagens então, nem se fale: estamos no quilômetro 300, 250, 200, 180.. Haja tantos torpedos, SMS, chats e twitters.

Tanta tecnologia transformando o homem em um verdadeiro ser orgânico digital. Hiper interativo, e muitas vezes recluso do mundo real, em frente as telinhas dos computadores, celulares, TVs, geladeiras e sabe-se lá mais o quê. Atômitos como se esperassem que alguém simplesmente chegasse perto e apertasse a tecla Send.

A indústria da beleza

Para alcançar o padrão de beleza imposto pela mídia, o mercado disponibiliza diversos recursos. Produtos cosméticos, clínicas especializadas, procedimentos cirúrgicos, salões de beleza, academias e espaços na mídia ilustram o universo criado para atender a eterna busca pela perfeição. Não importa o sexo ou a classe social, sempre há uma solução sob medida, para atender a demanda cada vez mais crescente.

Essa indústria movimenta bilhões de dólares anualmente. O Brasil, em 2009, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), teve uma receita de R$ 24,9 bilhões.  No mesmo ano, pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), apontou o  País como o segundo no ranking mundial das cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos. São mais de 1,7 mil procedimentos realizados por dia.

São investimentos elevados que ainda podem causar danos à saúde.  Alguns consumidores que tentam alcançar esse padrão, muitas vezes inatingível, pagam um preço muito alto. Fatores como reações alérgicas, rejeições, erros médicos, automedicação, abusos de exercícios físicos e má alimentação, vitimam inúmeras pessoas todo ano, causando danos permanentes à saúde, sequelas físicas e, em alguns casos, até a morte.

Outro fator importante são os traumas que podem ser adquiridos por alguns consumidores. Transtorno obsessivo compulsivo e outros distúrbios emocionais aumentam as estatísticas das vítimas dessa prática. Situação muito comum entre pessoas que vivem a eterna briga contra a balança, combatendo o ‘efeito sanfona’ ou ainda entre as que desenvolvem o quadro de anorexia, que atinge cerca de 20% dos adolescentes.

A frustração das pessoas gera um ciclo vicioso que alimenta o mercado. Nessa busca frenética pela perfeição, as pessoas nunca estão satisfeitas. Há sempre algo a ser melhorado, modelado, evidenciado ou ocultado. E essa rotina que hoje atinge tanto as mulheres quanto os homens mantém um crescimento médio anual de 10 a 15% desse mercado e faz com que o espelho reflita principalmente o sorriso dessa indústria.

08/06/2006

Setenta e quatro, setenta e cinco, setenta e, zero, um...

Essa é a sensação dos partidos políticos para com as articulações das coligações partidárias na campanha eleitoral de 2006, com as novas regras de verticalização, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

Os partidos e candidatos vão ter que aprender a rebolar.

Amor estranho amor

Os bancos são de longe os maiores investidores em propagandas publicitárias sempre bancando o conquistador barato... 'O seu banco... o banco que faz... que acontece, que nos ama incondicionalmente etc e tal'. Mas...
Estranha-se a iniciativa das instituições financeiras de entrarem com ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), para não ser regulado pelo Código de Defesa do Consumidor.
Como poderíamos reclamar arbitrariedades como cobranças indevidas, tarifas exorbitantes, envio de cartões pelo correio sem autorização dos correntistas, horas de espera em fila sem um bom Procom para reclamar.

MLST: Roubando a cena... Digo a cela

537 é a quantidade de integrantes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST), que receberam voz de prisão coletiva do presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo, após o ato de vandalismo de ontem. Presos em flagrante, todos os detidos que participaram do quebra-quebra na Câmara irão responder por formação de quadrilha, dano ao patrimônio público e corrupção de menores, já que 42 adolescentes estavam no meio da confusão. O Brasil deve ter quebrado o recorde nacional de números de presos numa prisão coletiva.

Mas o cômico mesmo é que os presidiários da Papuda, presídio que abriga os presos do Distrito Federal, não sabem se devem ficar alegres por finalmente inaugurarem - mesmo que a força - uma das três alas do presídio o que deve reduzir a super lotação no presídio, ou se triste por serem os primeiros da fila e os últimos a terem tão 'esperado' benefício, uma cela menos cheia.

Teoria Blogniana

Lembro-me da febre do Tamaguchi um bichinho digital que já se tornou virtual que as crianças adoravam e tinham horário para alimentá-lo, higienizá-lo, e por aí vai.Hoje nos vejo em situação semelhante com nossos blogs - isso quando a família não é composta de mais de um blogzinho -, nós os alimentamos com informações, conferimos os comentários, nos preocupamos com sua aparência, e por aí vai.

Somos filhos de uma nova era, vítimas da tecnologia. Uma nova forma de fazermos velhas coisas.

06/06/2006

Querido papai do céu...

... Eu prometo que nunca mais mentirei, que não roncarei mais a noite acordando minha esposa, que ao chegar cheio de cerveja ou whisky, mesmo que cambaleando, escovarei meus dentes antes de dormir, que nunca mais falarei do meu chefe em sua ausência... Prometo ainda ... Prometo também...
Prometo tudo isto e mais um pouco se a Hypercube, uma companhia holandesa européia não tiver aprovada a sua proposta de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos.

Hoje não vai dar!

- Vossa excelência me desculpe, mas hoje não vou representar meu cliente.
Ou
- Vossa excelência, já que minha testemunha não veio, cancele a audiência de hoje por favor.

Já pensou se essa moda pega, como aconteceu no episódio do julgamento do caso Richthofen, aliado a quantidade de processos aguardando para serem julgados e da rapidez da justiça brasileira. Hum...

Daqui a pouco teremos os réus dizendo.
- Seu juiz, me desculpa mas estou indisposto hoje. Será que a gente pode adiar esse julgamento pro mês que vêm?
Ou pior:
- Vossa 'celência', me perdõe a intromissão, é que minha pena já deveria ter prescrevido a uns 10 anos e hoje eu não posso ser julgado pois tenho uma pelada com meus amigos daqui a 2 horas.

Que a justiça é cega tinha quase certeza. Espero que não seja conivente.

Bolsa-família: Quem é o pai?

As eleições de 2006 darão numa boa briga pela paternidade do Bolsa-Família, um grande angariador de votos, sobretudo no nordeste. A oposição acusa Lula de 'ter assumido a criança', enquanto ACM diz ser o pai, embora Alckmin não brigue pela paternidade, diz que a criança também é de FHC.
Embora nunca tenha visto tantos pais brigando pela paternidade da criança, acho que só um exame de DNA para resolver a questão, claro que antes teremos detabes e discussões calorosos - prá programa de ratinho nenhum botar defeito - antes do resultado do exame.

Ufa! Temos reserva

Tio Lula poderia até não saber, mas a declaração de auto-sufuciência do Brasil quanto a produção de petróleo não aconteceu em hora melhor. Imagina se depois da invasão dos EUAs ao Iraque elevando o preço do barril a ordem dos 60 dólares, com a nova crise com o Irã, onde nossos carros iriam parar.

Creio que na garagem mesmo né?

Velho Malandro em Grande Malandro

ACM diz que Lula é um "grande malandro" por usar Bolsa-Família para ganhar votos. Sorte de Lula ser o Presidente do país, assim poderá dizer que o Congresso foi uma ótima escola sem receber voz de prisão.

Mas sarcasmo a parte. Veja quem está falando.

Ajudem o PDMB

A Folha está publicando uma enquete para saber se o PMDB deve ou não lançar um candidado a presidência. Quem sabe se vc der uma forcinha eles se sensibilizem com o resultado da enquete e se decidam de uma vez por todas quanto ao que fazer nessas eleições pois essa novela já está indooooooo longeeeeeee.

Rock de Luto

O guitarrista da banda Detonautas Roque Clube, Rodrigo Netto, 29, foi morto na noite deste domingo após uma tentativa de assalto, na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto dirigia seu carro, um Astra preto.
A banda estourou em todo o país com O Dia Que Não Terminou, um hino que retratou a violência no trânsito, acabou sendo vitimada pela violência urbana.
É uma grande perda para o rock-and-roll e para o país.

Má distribuição de rendas

R$ 2 milhões mensais líquidos somente com tráfico de drogas, é o que Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital, disse receber, a um graduado funcionário do governo.
E nós - se muito bem remunerados - ficamos felizes ao receber 0,20% em nossos proventos. E os deputados sentem-se satisfeitos ao aprovarem um salário mínimo na ordem de 0,0175% desse valorAbaixo a desigualdade social e a má distribuição de rendas neste país.

Eterno Aprendizado, eternas mutações.

No mundo temos descoberto coisas interessantes: as verdades de hoje necessariamente serão bem diferentes que as de ontem e as do amanhã. Quando criança o correto era comer muito para crescer. Era farofa com torresmo no café da manhã, um frango com quiabo e angu no almoço e na janta - coisas de mineiro. Brincar na lama, brincar no sol o dia todo eram o sinônimo de viver bem. Hoje a geração saúde é que manda no pedaço. Até para fazer exercício físico há regras. E a cada dia vimos mais e mais a sociedade perder a resistência natural na escala de evolução. Mas falando em natural, até que compreendo a lógica, mas é paradoxal vermos os defensores ecológicos e ambientais mais ativistas em plena defesa da cosntrução de usinas atômicas como forma de combate ao aquecimento global. Pode parecer brincadeira mas é a recomendação do americano Patrick Moore (um dos fundadores do Greenpeace) e o inglês James Lovelock, que chegou a ser chamado de "Gandhi da ecologia", segundo a revista Galileu. Mas há algo positivo em tudo isso, a capacidade de reconhecer que a verdade não é absoluta, é um ganho imensurável para a continuidade da vida no planeta.

Pisou na Bola. Não joga!

Proibir a entrada a qualquer um dos 25 Estados membros do bloco europeu e que a Fifa declare "persona non grata" na Copa da Alemanha. Esta é a represália proposta por deputados europeus à União Européia para com a postura do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad pela recusa a interromper o programa nuclear iraniano, como exige a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a negação do Holocausto e o direito de existência de Israel.
Deve ser por isso que uma das principais bolas utilizadas no EUAs é tão achatadinha. De tanto pisar na bola. Pena que continuem jogando até hoje.

31/05/2006

Bloqueio de Celular: Quem vai pagar a conta

Enquanto governo e operadoras de telefonia móvel ficam no impasse de quem pagará a conta relativo aos custos dos bloqueios dos celulares nas imediações dos presídios brasileiros, já preparo meu grito de guerra.

Como está ocorrendo impasse?

Se o governo assumir os custos quem vai pagar a conta? Nós é claro!

Mas e se as operadoras assumirem os custos, elas nos repassarão e bom... Quem pagará? Nós é claro.

Se a moda pega!

Lí essa nota no Tribuna do Brasil

"Desequilíbrio Autor: Moacyr Oliveira Filho Há algumas semanas, o deputado José Roberto Arruda, candidato do PFL ao Buriti, foi abordado no final da solenidade de inauguração do campus avançado da UnB, em Planaltina, pelo professor de filosofia Rogério Basali, que lhe perguntou se ele era o mesmo político envolvido com a violação do painel eletrônico do Senado. A reação do candidato foi explosiva: simulando um abraço, deu uma gravata no professor, e disse coisas impublicáveis no seu ouvido. O incidente mostra que Arruda ainda não absorveu o caso do painel eletrônico do Senado e que pode não estar preparado emocionalmente para enfrentar a lembrança do episódio durante a campanha eleitoral. Que, por sinal, mal começou.

Fonte : Tribuna do Brasil Data : 30 de maio de 2006 "

Já pensou se a moda pega.

Com jornalistas então nem se fala!

27/05/2006

Para o mundo prá copa descer...

Minhas sugestão para o Brasil durante a copa é fazer o jogo do contra.
Vamos comprar bandeiras brancas. É brancas, o símbolo da paz. Chega de verde e amarelho. Aí colocamos em nossos carros, nossas casas e janelas para mostrar ao mundo todo que depois que a guerra da redondinha acabar na Alemanha que não sejamos enxovalhados com mais corrupções, crises, delinquências, etc.

Os problemas são as constituições

Ao responder a um jornalista sobre sua colocação com relação ao PT. Fiz a seguinte colocação.
Não sou anti-petista, assim como não vejo no PT a essencia do problema. Acho que vem de antes disso. Vem da constituição partidária, tribária, ONGária, societária, maritária. Enfim. Vejo que quando vc tem um grupo em defesa de algo ou de um interesse ele passa a ser excludente. Tipo em clube de idosos, crianças não entram... Nunca consegui me localizar nessa zorra toda.

E...vu....e.....nezuela...

Para mim as coisas me parecem muito óbvias. Enquanto Lula não sabia que Evo Morales estava por traz com aquela cara de 'Brasil, sei o que estou fazendo', fantasiado Hugo Chávez queimava um Bushizinho enquanto aumenta seu patrimônio nacional.

Comando Vermelho à parte

Assistí com grande interesse - calma não sou advogado e nunca fui ao Rio de Janeiro - ao depoimento dos advogados sr. Sérgio e sra. Cris à Comissão de combate ao tráfico de armas. Pensei, agora sim eles fizeram o que sempre esperamos, pegaram um culpado, ao ver divulgado pela imprensa a voz de prisão ao sr. sérgio suposto advogado do Comando Vermelho. Confesso que me frustrei com o motivo e a reação dos parlamentares que compunham a comissão quanto a colocação do sr. Sérgio, quando se referiu a Câmara Federal como sendo uma 'escola dos de péssimos costumes'.

Com todo o respeito aos parlamentares que compunham a sessão, pois admiro a atuação exemplar de muitos deles mas algumas coisas me supreenderam:

a) O Parlamento Brasileiro está longe de ser uma casa de exemplo de dignidade para servir como referência ao cidadão brasileiro, a exemplo do que temos visto na casa: aumento do próprio salário, articulação para não votar assuntos de interesses da sociedade por ser de interesse ou não do governo, auxílios absurdos, contratações de parentes, denúncias de corrupção, de fato, o Parlamento Brasileiro tem se mostrado uma verdadeira escola a nos meros cidadãos;

b) A conotação que perceci de um parlamentar dizer ao Sr. Sérgio - não me acostumei a charmar de doutor alguém que não tenha PHD -, 'olha você é um zé ninguém', ao chamá-lo de 'advogado de porta de cadeia'. Isto porque são os parlamentares quem definem os direitos e deveres de todos os cidadãos brasileiros, logo foram eles quem definiram que todos os detentos têm direito a um advogado e que se um o indivíduo não tiver condições de pagar, o estado providenciará a sua defesa. Logo imagine a cena: você é um medicozinho de porta de PS, ou um Professorzinho de escola pública.

c) Até onde eu saiba a política, o futebol e a tv são as formas mais fáceis de se transformar um 'cidadão comum do tipo zé ninguém' em personalidade, desde que se tenha talento para tal. NO caso da política, basta ter muito dinheiro ou muita popularidade. Quantos analfabetos e semi-analfabetos ocupam as nossas câmaras municipais, distritais e federais, ou ainda as nossas prefeituras e governos. Até o nosso presidente da república não é graduado, mas nunca ví uma pessoa destratar uma outra como ocorreu naquela sessão. O Parlamento Brasileiro pela sua diversidade intelectual deveria ser mais uma vez um local de respeito mútuo entre parlamentares e cidadãos.

Quanto a minha frustração, espero que numa próxima ocasião em que venha ouvir dizer que foi dado uma voz de prisão no nosso parlamento, que seja por um motivo um pouco menos fútil ou sinceso.